Iansã é Orixá Guerreira, senhora das almas, dos ventos, das tempestades, dos raios e relâmpagos.
Em razão do sincretismo religioso, a imagem de Iansã está fortemente associada à imagem de Santa Bárbara, a Santa nascida no Século III e tida como protetora contra os relâmpagos e tempestades.
Iansã é um Orixá que teve seu culto nascido na Nigéria, mais especificamente nas margens do Rio Niger. Curiosidade é que nome "Iansã" é um título que Oyá recebeu de Xangô. Esse título faz referência ao entardecer, Iansã = "A mãe do céu rosado" ou "A mãe do entardecer". Assim, falar em Oyá ou Iansã é falar do mesmo Orixá.
O culto à Iansã chegou ao Brasil juntamente com os negros escravos. Certamente pela semelhança na regência das tempestades e relâmpagos, além de empunhar uma espada na mão, Iansã passou a ser sincretizada com Santa Bárbara.
Iansã também é tida como a senhora dos Eguns (mortos). Por isso, assim como saudamos Obaluaê no campo santo, também devemos saudar Iansã.
Por ser um Orixá Guerreira, seu símbolo é o raio e a Espada. (Apenas por título de curiosidade, no candomblé, além da espada o símbolo de Iansã é o Irukerê, uma espécie de chicote feito com cauda de búfalo, o qual tem por finalidade conduzir os Eguns).
A cor de Iansã usada na Umbanda é o Amarelo. (No candomblé e em alguns tipos de umbanda "traçada" (que misturam candomblé com umbanda) usam-se as cores vermelha, marron e rosa).
Yansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Ọya. Ọya recebeu de Şàngó o título de YÀSÁN (ìyá = senhora + ọsan = tarde), que quer dizer, a senhora das tardes, pois chegava sempre as tardes, linda e esvoasante com sua roupa de fogo.É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Yansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Şàngó ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Yansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, consequentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Yansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Ọya, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Yansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Yansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Yansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ògún e, posteriormente, a mais importante esposa de Şàngó. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê.
Yansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Ọbalúwaìye, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Yansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Yansã e Ògún, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Yansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase está apaixonada, tem a presença e a regência de Yansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das consequências de um ato impensado no campo amoroso. Yansã rege o amor forte, violento.
As oferendas para Iansã levam velas e flores amarelas, espadas de Iansã (igual as espadas de São Jorge, mas com as bordas amarelas), bebidas doces, frutas (em especial o melão) e acarajé. São entregues, preferencialmente em bambuzais e pedreiras.
Seu dia da semana é a Quarta-Feira, dia que divide com o Orixá Xangô.
Seu dia do ano é o 04 de dezembro.
Sua saudação é "Epa hei ou Eparrei Iansã/Oyá!"
Pontos cantados:
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
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